[Carvahall] Taverna

"Ahh… Taverna…cheiro de sangue, suor e bebida." Era como estar em casa, sentia-se a vontade estando ali. Tanto que um sorriso não deixou de se formar em seu rosto quando entrou, como tantas outras vezes que já estivera ali. Era o lugar onde ninguém era reprimido por ser diferente. Todos eram aceitos ali, pois todos os estranhos dali não eram mais do que normais.
Dirigiu-se até o balcão, no caminho esquivando de alguns socos e cotoveladas que não eram direcionados a ele. Certamente não queria briga, mas não hesitaria se fosse necessário. Nem precisou pedir nada a balconista, esta o reconhecendo já se adiantara e colocara vinho em uma caneca para ele. Bebia o vinho ao mesmo tempo que assistia as brigas e já fazia as apostas com a balconista.

Resmungando, fui obrigado a aumentar a gorjeta da balconista, tinha perdido a aposta. Passei os olhos pelo lugar, procurando uma nova briga em que poderia apostar e recuperar meu dinheiro, foi quando não precisei medir esforços e uma a figura de uma linda dama, me chamou a atenção. Tudo bem que todo estranho naquele lugar não era mais que comum. Mas ela não parecia o tipo de gente que ia a uma taverna.

- Não vi seu nome aqui - ironizei, analisando a caneca por todos os ângulos.

Então dei um longo gole no vinho em sua caneca, que para mim era como um encorajador e então sorri para ela, deixando rastros de vinho no bigode.

- A boa educação deixei em casa - rir-me e inclinei um pouco para ela, ainda segurando a caneca - Aqui é uma Taverna, não uma igreja. - e dei outro gole, depois limpei a boca com as costas das mãos.

Apontei um dedo para ela, a repreendendo:
- Para a sua informação, a senhora minha mãe não está mais entre nós - olhei para cima, sendo dramático e suspirei - Um dia meu pai estava aqui, nesta Taverna e decidiu apostar por ela numa briga e sabe o que aconteceu? Ela perdeu! Com desgosto, bebeu todas e morreu de overdose - Olhei para o céu mais uma vez, balançando a cabeça dramaticamente - Coitada! Que Deus a tenha.
Dei mais um gole na bebida e abaixei os olhos para fitá-la:
- Cuidado! Nunca dê uma de valentona para um cara da Taverna.. Você pode acabar como a senhora minha mãe - Como aviso, fiz sinal com a cabeça para a briga que estava ocorrendo e pisquei para ela. Me divertindo com minhas mentiras cabeludas.